Quando Neymar, decide continuar jogando no Brasil, ele definitivamente se torna herói de uma nação que surge para o futuro, recriando e curando seus valores. Do Inseperado gesto, que quebra tabus do mundo dos lucros no futebol, nasce a certeza, de que Neymar, veio mesmo chocar! É um quebrador de paradigmas...
Especialmente o chamo assim, por estar jogando como "os antigos" . Neymar resgatou o futebol de brincadeira, a "Pelada" ...o que chamavam de "futebol arte".
Talvez, seus passes sejam belos, além de "pinturas"... mas com muito movimento, como a dança funk e moderna, da galera que precisa inventar um jeito de sobreviver com alegria ( marca eterna de nossa nação ) ... Seus movimentos são belos pelo improviso, pela irreverência... por ele estar visivelmente alegre com o que faz.
Esta é uma mensagem poderosa de Neymar, nas entrelinhas de seus dribles, ele diz: "Faça o que te dá alegria! E faça com Alegria!"
Se Neymar disse ..."ao povo que fico!"
A criançada segue seu estilo na rua. Dia desses, eu adimirava um exército de "neymarzinhos" de diversas idades. Todos com o cabelinho de "pica-pau de fogo"... e meu coração se alegrou, pois tenho certeza que aqueles garotos não vão copiar apenas o cabelo mas também, a postura irreverente, criativa e patriota de Neymar... Longe de ser um patriotismo políticado, "encurralado" e formatado... é um patriotismo que só o brasileiro sabe exercer e viver...: O Patriotismo da Bola, da Bunda e do Carnaval! Evoê Neymar!
No dia seguinte da minha opbservação de como a rua está tomada por um mar de "Neymares", li um texto, de Joaquim Ferreira dos Santos, no Jornal O Globo, de Sábado 17 de Dezembro de 2011, uma das partes que me marcaram muito eu transcrevo abaixo:
"O estilo Neymar, desarruma o Futebol, bagunça o coreto dos dribles catalogados (...) Se transformou na mais completa tradução boleira do país emergente. É o novo milagre brasileiro, a irresponsabilidade do fraco abusado, o Macunaíma do Santos, que na hora do jogo de futebol dribla a preguiça atávica do seu povo e sai aprontando entre as pernas adversárias, sem votos de respeito ou consideração. Demorou - O Dunga não queria deixar - , mas o futebol voltou a ser divertido e eficiente. "